Tragédia anunciada, hora de chorar os mortos, mas também de buscar os culpados.

Dezembro de 2004, um incêndio na boate do bairro Once, em Buenos Aires, matou quase 200 pessoas. O incêndio que se espalhou rapidamente destruiu a discoteca e acabou com a vida de quase 200 jovens que lá estavam e deixou aproximadamente 600 feridos, enquanto cerca de 4.000 pessoas acompanhavam o show de rock, foi uma das maiores catástrofes das últimas décadas na Argentina.
Da mesma forma que aconteceu anteriormente em dezembro de 2004 em Buenos Aires, a tragédia da boate kiss em Santa Maria – RS, também possuía um inteligente, que teve a grandiosa ideia de acender um sinalizador durante o show, conforme declarações de vários sobreviventes que deixaram claro a responsabilidade do vocalista da banda, que inicio o show pirotécnico, provocando toda essa tragédia. Mas, a responsabilidade não é só do vocalista e da banda, é também do dono da boate Kiss, que deve explicações sobre o show de pirotecnia, assim como os organizadores do evento.
Ainda, temos os seguranças, conforme relato de pessoas que estavam na boate, precisaram forçar a barra para abrirem a porta e conseguirem efetivarem a fuga daquele local, já que os mesmos queriam cobrar a conta da noitada. Também tem a responsabilidade dos órgãos fiscalizadores, prefeitura e dos Bombeiros (governo estadual).
As secretarias municipais, entre elas, indústria e comercio que concedeu Alvara de funcionamento, de obras que liberou o habite-se, secretaria ambiental que liberou o alvará, vigilância sanitária, e por fim, o Corpo de Bombeiros que sempre pede um Plano de Combate a Incêndio – PCI, sem esquecer que a construção tem que ter o CREA. Sem as normas deste órgão a construção não é liberada e não tem nem HABITE-SE, nem PCI. Tudo isso é lamentável, já que as pessoas não ligam para os avisos de experiências das grandes tragédias ocorridas, sem falar que não existe IRREGULAR até o fato ocorrer.
Os órgãos devem fiscalizar, nós pagamos por isso, portanto, o cara que assina a liberação deve ter atitude. As casas noturnas serão os “bodes expiatórios” da vez, não vamos esquecer que existem outros locais que concentram pessoas, igrejas, escolas, cinemas, mercados e neste sentido a questão é bem mais complexa.

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