A cidade de Corippo, na Suíça, está prestes a desaparecer. Com os jovens se mudando para cidades maiores, o local teve reduções drásticas de população, atingindo o limite, neste ano, de 16 habitantes. “Temos apenas 16 moradores. E eu sou o único que trabalha, os demais são aposentados. Eu espero que eles vivam até os 90 anos, caso contrário não sobrará ninguém aqui. É realmente trágico ”, explica o prefeito, Claudio Scettrini, em entrevista à BBC.
Apesar dos poucos moradores, a cidade, que parece um vilarejo, tem 60 casas feitas de pedra, a maioria delas vazia. Todo o espaço é protegido como monumento histórico, por seus 600 anos de história.
O local fica a 30 minutos de carro de uma cidade mais movimentada, Locarno, e não conta com mercados ou escolas. A ideia para que ele sobreviva é transformá-lo em um “hotel difuso”, usando as casas antigas para criar uma experiência diferente para os hóspedes. “A vida em Corippo e em vilas similares é especial. É como se transportar para outro século. O tempo desacelera, todo mundo se conhece e você sente a autenticidade da vida em uma vila que existe há séculos”, explica Elia Frapolli, diretor de turismo da região.
Por sua história, a região não poderá sofrer grandes modificações, o que costuma atrair as pessoas. Muitas casas estão intocadas desde os anos 50. “Vamos pintar, vamos colocar banheiros. Mas as portas originais serão mantidas, as madeiras e pedras originais também devem ficar. A experiência dos hóspedes deverá ser similar à vida no século 19 em Corippo”, aponta o arquiteto Fabio Giacomazzi.
A aposta é usar a cidade como um “detox virtual”, área do turismo que vem crescendo nos últimos anos. “É uma nova tendência. No século 21, a autenticidade será considerada a nova luxúria. Ter um lugar onde você possa sentir a história do local, onde você possa deixar seu celular de lado. Isso é real, não é falso, há séculos de história aqui”, aposta Frapolli.
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