Sobre aquela editora que está tentando publicar minha dissertação de graça


No início de julho, recebi um e-mail, do representante de uma editora. Dizia ele que havia encontrado minha dissertação na base de dados da universidade, e que a editora gostaria de publicá-la. O formato do e-mail é o seguinte:
“Prezado [autor]:
Dirijo-me a você em representação da editora Novas Edições Acadêmicas.
Encontramos uma referência ao seu trabalho intitulado “[título]“, consultando a base de dados da [instituição de ensino superior].
Me comunico com você para oferecer-lhe a oportunidade de publicá-lo em forma de livro impresso de maneira gratuita.”
Minha primeira reação: “Piá, que massa! Vou publicar “de grátis”!
Segundos depois lembrei dos amigos que já publicaram seus trabalhos acadêmicos, e como foi difícil para muitos ter de arcar com os custos de edição, tiragem mínima, revisão, distribuição, etc. 
Segunda reação: “Quando a esmola é demais…
Resolvi pesquisar no Google o nome da editora, mas não encontrei queixas. Então usei o nome da empresa responsável pela editora.
O grupo responsável pela marca é o VDM Publishing, grupo alemão, também responsável pela editora Lambert Academic Publishing (LAP). Usando o nome da LAP no Google, você encontrará inúmeras críticas ao grupo. Sugiro darem uma olhada nestes blogs:
Resumidamente, a prática do VDM é a seguinte: eles entram em contato com vários autores, dizendo que irão “publicar” o livro de graça. Na verdade, o que eles fazem é fornecer uma edição digital da sua dissertação ou monografia, com a capa da editora. Todo o trabalho de revisão de texto fica com o autor. Se você quiser seu livro impresso, terá de pagar. E não é barato (o site cobra em euro!), além da qualidade do material não ser das melhores.
Não vejo problemas com o estilo “on demand” em editoras que prezam pela qualidade do texto publicado, mas o que dizer das editoras do grupo VDM? Elas sequer fazem a revisão do texto ou solicitam a análise da obra por especialistas na área.
Terceira reação: “Mas se eles querem publicar em formato de livro um trabalho que já está disponível na internet, por que não?“.
Literalmente falando, seria como pegar minha dissertação, colocar uma capa com a minha foto, nome de editora e número de ISBN. O problema é que eu consultei a base do ISBN e não encontrei a editora NEA. Testei os números de ISBN de algumas obras do catálogo da editora e nenhuma constava na base. 
Lá fora, ter a obra publicada por uma editora VDM não rende muitos pontos. O grupo se aproveita da máquina de produção de textos que virou o mundo científico: ter um bom currículo implica ter muitas publicações (lattes, um beijo grande!), e diante da possibilidade de publicar de graça uma dissertação ou monografia em formato de livro, quem resiste? 
Mas é bom ficar de olho: caso queria publicar pelas editoras do grupo VDM, considere o risco de ceder os direitos de sua obra a um grupo internacionalmente criticado.
FONTE: Texto escrito por Wellington Oliveira dos Santos – Doutorando em Educação http://posgraduando.com/blog/sobre-aquela-editora-que-esta-tentando-publicar-minha-dissertacao-de-graca

Sped: CFC, Receita Federal e entidades parceiras debatem novo sistema

As empresas terão mais adaptações com que se preocupar a partir de 2015 no que se refere ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Além do chamado eSocial, o qual deve unificar as declarações trabalhistas e previdenciárias, as instituições financeiras terão a chamada Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

Trata-se de uma nova obrigação imposta às pessoas jurídicas, que deverão informar todas as operações que influenciam a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O assunto foi tema de mais uma reunião do Grupo de Trabalho (GT), criado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para o Sped, nesta sexta-feira, 29 de agosto, no auditório do CFC. Participaram técnicos da Receita Federal, profissionais da contabilidade de empresas privadas, além de representantes dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC), entre outros.
Segundo o coordenador do GT, o contador Paulo Roberto da Silva, a principal inovação é que haverá apenas uma contabilidade única, e não mais uma comercial e outra fiscal. “Esse sistema trabalha com a escrituração contábil da empresa e ajustes do Imposto de Renda, simplificando uma série de processos. A contabilidade única vale para efeitos comerciais e fiscais”, afirmou. Ele lembra que a declaração de renda das empresas passará a ser enviada via Sped, de acordo com a Instrução Normativa da Receita Federal nº 1.353, publicada no ano passado.
“Hoje, o Imposto de Renda é feito por meio da importação de dados de um sistema que a Receita Federal chama de Fcont (Controle Fiscal Contábil de Transição), que são ajustes que algumas empresas fazem, além de um livro em papel, chamado de Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real). Isso vai evoluir para um sistema único, eletrônico, que trabalha diretamente com a escrituração contábil das empresas (ECD)”, explica.
Dessa forma, será implantado um novo modelo de Imposto de Renda no País, que tem sido chamado pelos técnicos de Sped de Imposto de Renda ou EFD-IRPJ, que vai substituir a atual Declaração de Ajuste Anual de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ). “Quando um fiscal chega à empresa depois de alguns anos, é difícil que elas tenham um livro em papel, com informações de cinco anos atrás. É comum que essas empresas sejam autuadas por isso. Com esse novo modelo, a Receita Federal terá informações online e em tempo real do que está acontecendo ao longo dos anos e a fiscalização será proativa”, destacou.
O supervisor nacional do Sped, contador Clovis Belbute Peres, disse que o sistema trouxe a informação fiscal definitivamente para a era digital. “Estamos inovando no sentido de fortalecer dois vetores na implementação do Sped, que é a colaboração de entidades, como o próprio CFC, e a transparência”, afirmou, durante a reunião. Belbute destacou que a ECF é uma quebra de paradigmas no País e que, portanto, precisa do envolvimento de entidades, empresas e profissionais. “O contador tem papel importante nessa implementação, porque é quem trabalha diariamente com elas”.
A expectativa é que a primeira entrega do imposto de renda neste novo modelo seja  feita em junho de 2015. Os empresários deverão informar todas as operações que influenciam a composição da base de cálculo e o valor devido do IRPJ e da CSLL. O envio do arquivo digital dentro dos padrões do Sped será obrigatório para as pessoas jurídicas que apuram o Imposto de Renda pelo regime do lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado.
O GT do CFC para o Sped é formado pelos membros Tatiane Beilfuss Zastrow, Homero Rutkowski, Leuridia Aleixo da Silva, pelo conselheiro do CFC, Osvaldo Rodrigues da Cruz, além do coordenador Paulo Roberto da Silva.

POSTADO POR: COMUNICAÇÃO CFC


Por Elton Pacheco – RP1 Comunicação

A reação do crocodilo

Durante muito tempo, a Lacoste andou de lado no Brasil. Em 2007, a grife despertou da letargia e mais que quintuplicou de tamanho. O segredo: investimento na marca e preços alinhados aos do Exterior

Por André JANKAVSKI

No paraíso dos jacarés, o crocodilo está fazendo a festa. O réptil, que desembarcou no Brasil no começo dos anos 1980, estampado em camisas polo e outros itens premium, como sapatos e perfumes da marca francesa Lacoste, durante muito tempo literalmente patinou no mercado nacional. Até 2007, os negócios no País ocupavam uma discretíssima 27ª posição no ranking da companhia. Ocupava. Com R$ 280 milhões em vendas em 2013, o Brasil se tornou o quarto mercado mais importante para a empresa fundada por René Lacoste, a raquete número 1 do tênis mundial, na década de 1920. Nos últimos seis anos, as receitas subiram 460%, um crescimento médio anual de 76,6%.
Ricardo Palmari, CEO da Lacoste: "Queremos ultrapassar a China
e ficar entre os três primeiros em 2015"
“Queremos ultrapassar a China e ficar entre os três primeiros em 2015”, afirma Ricardo Palmari, CEO da subsidiária brasileira da Lacoste. O principal movimento no processo de reposicionamento da Lacoste no País aconteceu em 2007. A Devanlay, empresa licenciada para trabalhar a marca do crocodilo em todo o mundo, resolveu assumir a operação local, até então por conta da Paramount Têxteis, do empresário Fuad Mattar (pai do ex-tenista Luiz Mattar, por sinal), que fabricou e distribuiu a marca por aqui durante quase 25 anos. “Percebemos o potencial de consumo e procuramos ocupar o que consideramos o nosso espaço de direito”, diz Palmari.

A expansão se refletiu no número de lojas. De um total de 50, há seis anos, passou para as atuais 84, incluindo cidades do Nordeste, Sul e Centro-Oeste, onde a marca era uma espécie desconhecida. Já a presença em lojas multimarcas passou de 100 para mais de 1,4 mil no mesmo período. “A marca era muito mal trabalhada”, afirma Amnon Armoni, professor de gestão de luxo da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap). “O segredo da Lacoste foi investir forte no chamado branding, o aprimoramento da relação da marca com o usuário.” Desde que a Devanlay assumiu a Lacoste no Brasil, os investimentos na construção da marca somaram mais de R$ 50 milhões.

A ofensiva ocorreu em quatro frentes: comunicação, padronização das lojas, ampliação de portfólio e métodos mais eficazes de distribuição, para reduzir os preços nas etiquetas. “Queríamos que o usuário criasse um vínculo com a marca e que preferisse comprar aqui em vez de buscar no Exterior”, diz Palmari. A estratégia de equiparar os preços deu certo. Uma polo da Lacoste, responsável por 40% do faturamento mundial, custa R$ 279 no Brasil. Em lojas próprias na Europa e nos Estados Unidos, o preço médio é de R$ 250. “Somos o país com a relação custo-benefício mais próxima dos grandes centros”, afirma o CEO da Lacoste.

Apesar do avanço recente no ranking global de vendas da Lacoste, o mercado brasileiro representa apenas 4,5% do faturamento total da companhia, que atingiu R$ 5,6 bilhões em 2012 (o último dado divulgado). Para melhorar o desempenho da operação brasileira neste ano e manter um ritmo de crescimento acima de dois dígitos, a Lacoste investirá R$ 25 milhões. “Todos os anos, a matriz faz uma pesquisa junto aos consumidores sobre a desejabilidade da marca. Os brasileiros são os que mais admiram a Lacoste”, diz Palmari. Parte da estratégia da Lacoste será ampliar sua rede de lojas. A empresa quer atrair investidores interessados em abrir franquias da marca.

Além disso, o centro de distribuição da companhia, em Lavras, interior de Minas Gerais, que recebe roupas do Peru, da Argentina e da Europa, terá investimentos de R$ 5 milhões em ampliação e modernização. A Lacoste, embora não seja vista por especialistas como uma marca de luxo, entra nas estatísticas do crescente mercado premium brasileiro. De acordo com a consultoria Bain & Company, o setor movimentou R$ 3 bilhões em 2013, um aumento de 11% em relação ao ano anterior, com um ritmo muito inferior aos quase 80% ao ano registrados pela Lacoste. “O crescimento do crocodilo foi anormal”, afirma Armoni, da Faap.

Fonte:
A reação do crocodilo - ISTOÉ Dinheiro

Blackberry tem prejuízo, mas menor que o esperado

Desempenho da canadense foi melhor que previsão do mercado e ações sobem

Por Diego Marcel
A Blackberry divulgou os resultados do quarto trimestre de seu ano fiscal nesta sexta-feira 28. A empresa teve prejuízo, mas menor do que o esperado pelo mercado. Apesar dos números negativos, as ações da empresa subiam cerca de 7% pela manhã.

A empresa teve um prejuízo de US$ 423 milhões, número muito melhor que o do trimestre anterior, que foi de US$ 4,4 bilhões de perda. No ano passado, no mesmo período, o prejuízo foi de US$ 628 milhões. O mercado esperava um resultado mais alarmante. As previsões eram de que o rombo na Blackberry fosse de US$ 0,56 por ação. O registrado foi US$ 0,08 por papel.

A receita da canadense foi de US$ 976 milhões, queda de 64% ante ao mesmo período do ano anterior. A área de serviços da empresa foi responsável por 56% do resultado, os tablets e smartphones vendidos por 37% e o sistema operacional corresponde a 7% da receita.

Durante o trimestre, a Blackberry vendeu 3,4 milhões de smartphones e tablets, 1,1 milhão deles eram Blackberry 10.

Fonte: (clique aqui)
Blackberry tem prejuízo, mas menor que o esperado - ISTOÉ Dinheiro