Valores bizarros. Os números por trás do bizness da bandeira dos cartões chegam a assustar.
Mas... First things first. Antes de falarmos das bandeiras, vamos falar dos cartões de crédito. Você sabe como eles funcionam?
Na prática, é um empréstimo. O emissor do cartão de crédito compra pra você, que acerta sua “dívida” ao pagar a fatura — seja integralmente ou em parcelas mensais.
É por isso que existe limite de crédito
Os bancos oferecem uma linha de crédito compatível com a renda de seus clientes, evitando que eles gastem valores absurdos, muito acima do que serão capazes de pagar no futuro.
Aqui vai uma polêmica que nenhum vendedor te conta: Não existe desconto à vista. Você paga mais barato porque não têm os juros do parcelamento.
E, mesmo se o valor total ao parcelar for igual, você pode até pensar que está pagando o valor normal, sem o “desconto”. Mas, na verdade, você já está pagando juros embutidos no preço.
Já o cartão de débito, é como se você estivesse sacando o dinheiro na hora do pagamento. Vai direto pra conta do estabelecimento e não há cobrança de juros.
Afinal... crédito ou débito?
Geralmente, crédito — e os motivos são vários. Pode ser que você não tenha dinheiro para pagar à vista, que surja alguma emergência ou você simplesmente quer aproveitar para ganhar pontos, milhas ou cashback.
Além disso, na teoria, sempre que não tiver desconto por pagar à vista, a melhor opção seria passar no crédito. Lembre-se: 100 reais valem mais hoje do que daqui a 6 meses.
Falando do mercado…
No ano passado, foram quase 600 bilhões de transações feitas em cartões. Veja como foram divididas entre as diferentes bandeiras:
Ok, mas… O que é uma bandeira?
Nada mais que um mastro com um pedaço de pano na ponta. Essa foi ruim, né? Vamos tentar de novo…
Para isso, focaremos nas duas principais e mais presentes no nosso dia a dia: Visa e Mastercard.
Seus modelos de negócio são muito parecidos. Ambas atuam como processadoras (você já vai entender como funciona).
Elas não concedem crédito. E também não emitem cartões diretamente ao público, mas sim por meio de instituições financeiras parceiras, como os bancos — essas, sim, emitem os cartões.
São os bancos que definem os termos e condições do cartão, incluindo as taxas — como as de juros, no caso dos cartões de crédito —, limites, benefícios, seguros, proteções e afins.
Vale destacar que as bandeiras, enquanto parceiras das instituições financeiras, ajudam na elaboração dos termos do cartão. Mas não é isso que bota dinheiro no bolso delas…
Agora sim, como Visa e Mastercard fazem dinheiro?
Em resumo, as bandeiras são empresas reguladoras que definem as regras do mercado de cartões de crédito.
Quantidade de parcelas, estabelecimento onde as bandeiras são aceitas, taxas sobre a operação, limites de fraudes e chargebacks… Tudo isso cabe a elas.
Além disso, são responsáveis pela comunicação entre a adquirente — a empresa da maquininha — e o emissor do cartão de crédito, que geralmente é um banco.
Pra reforçar...
Como funciona na prática: No momento da compra, a adquirente “avisa” a bandeira do cartão, que aciona o emissor, o responsável por autorizar a transação.
Quando a compra é aprovada, o emissor comunica a bandeira, que permite que a transação seja concluída pela maquininha.
Então, a adquirente recebe o dinheiro do cliente, que estava no banco, e repassa para o comerciante dentro do prazo combinado — geralmente, de um mês —, ficando com um percentual do dinheiro.
As bandeiras ficam com uma taxa do valor transacionado. É assim que elas fazem dinheiro.
Curiosidade
Você talvez nunca tenha ouvido falar na UnionPay — a segunda bandeira que mais intermediou transações. Isso porque a empresa é chinesa e a grande maioria de seus clientes são do país asiático.
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