Cavernas diferentes, dialetos diferentes. Três décadas depois que a
dupla Thatcher & Reagan puxou a descarga da globalização, previsões e
premonições de um mundo de organizações e práticas gerenciais
homogêneas não se concretizaram. Embora o rolo compressor do management,
apoiado pelas escolas de negócios, pelas empresas de consultoria e pela
mídia de negócios, tenha operado sua mágica homogeneizadora, mantém-se
considerável diversidade entre as organizações. Um cavernícola que
trocar sua gruta empresarial por outra terá, provavelmente, de passar
por um período de longa adaptação aos novos modos e costumes. E ai do
cavernícola que não se esmerar no domínio do novo dialeto e da nova
prosopopeia. Seu destino mais provável será o isolamento e o desterro.
Uma consequência dessa diversidade e dos múltiplos dialetos é a
dificuldade enfrentada por um interlocutor neutro para compreender os
cavernícolas. Dan Pallottta, que mantém um blog no website da revista de
negócios Harvard Business Review, declarou recentemente que em
aproximadamente metade de suas conversas sobre negócios não tem a
mínima ideia do que seus interlocutores estão falando. Confessa que,
quando jovem, sentia-se tolo por não entender o que as outras pessoas
diziam, mas que agora suspeita que a tolice seja de seus interlocutores,
por não conseguirem se fazer entender.
Cavernas diferentes, dialetos diferentes. Três décadas depois que a
dupla Thatcher & Reagan puxou a descarga da globalização, previsões e
premonições de um mundo de organizações e práticas gerenciais
homogêneas não se concretizaram. Embora o rolo compressor do management,
apoiado pelas escolas de negócios, pelas empresas de consultoria e pela
mídia de negócios, tenha operado sua mágica homogeneizadora, mantém-se
considerável diversidade entre as organizações. Um cavernícola que
trocar sua gruta empresarial por outra terá, provavelmente, de passar
por um período de longa adaptação aos novos modos e costumes. E ai do
cavernícola que não se esmerar no domínio do novo dialeto e da nova
prosopopeia. Seu destino mais provável será o isolamento e o desterro.
Uma consequência dessa diversidade e dos múltiplos dialetos é a
dificuldade enfrentada por um interlocutor neutro para compreender os
cavernícolas. Dan Pallottta, que mantém um blog no website da revista de
negócios Harvard Business Review, declarou recentemente que em
aproximadamente metade de suas conversas sobre negócios não tem a
mínima ideia do que seus interlocutores estão falando. Confessa que,
quando jovem, sentia-se tolo por não entender o que as outras pessoas
diziam, mas que agora suspeita que a tolice seja de seus interlocutores,
por não conseguirem se fazer entender.
Autor: Thomaz Wood Jr.
Os herméticos | Carta Capital
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